O dia 5 de março é celebrado no Brasil, desde 2006, o Dia Nacional da Música Clássica, em homenagem ao aniversário de Heitor Villa-Lobos, um dos maiores compositores brasileiros.
Não existe nada melhor para uma caminhada, uma tarde solitária num parque, em casa relaxado, na academia, no carro, ou praticando outra atividade qualquer do que uma boa música como companhia.
A música ajuda a reduzir a ansiedade e a insônia.
Segundo um estudo da Stanford University, ouvir música faz o fluxo de sangue aumentar em diversas áreas do cérebro.
Essa ação ativa áreas ligadas à autonomia, cognição e emoção, que em outras áreas, ao mesmo tempo, liberam a dopamina, que aumenta a sensação de prazer e bem-estar.
Quais são os benefícios da música clássica?
Ajuda a cbsorver conhecimento
Uma pesquisa na França chamada Learning and Individual Differences, mostrou que alunos que ouviram uma palestra de uma hora em que a música clássica tocava em segundo plano pontuaram muito mais alto um questionário sobre a palestra, quando comparados a um outro grupo de alunos que ouviram a mesma palestra sem música. Os pesquisadores acreditam que a música colocava os alunos em um estado emocional elevado, tornando-os mais receptivos às informações.
Alivia dores
Em pesquisas desenvolvidas pela Duke Institute of Cancer, a música clássica também pode diminuir a ansiedade. A música ajuda a reduzir a dor dos pacientes de cirurgia. É uma ferramenta gratuita e poderosa que pode ser usada com frequência. Vários estudos ao longo dos anos examinaram o poder da música para aliviar esse tipo de dor. A revista The Lancet já publicou todas essas descobertas.
As pesquisas revelaram também, que pessoas que ouvem música clássica com frequência são muito menos propensas a tomarem analgésicos para dores. Pesquisadores de Londres encontraram centenas de pequenos estudos sugerindo algum benefício através da música.
Os achados chegaram até os dias de Florence Nightingale, uma revolucionária da enfermagem que recebeu uma educação aristocrática que lhe permitiu estudar vários idiomas, matemática, religião e filosofia.
A música era usada para aliviar a dor cirúrgica já em 1914. A Dra. Catherine Meads, da Brunel University de Uxbridge, área de Londres, concentrou sua atenção em 73 testes clínicos rigorosos e randomizados sobre o papel da música entre pacientes cirúrgicos.
Melhora a produtividade
Ouvir música clássica torna as atividades repetitivas muito mais agradáveis, segundo um estudo da Maryland University e Harbor Hospital de Baltimore, e Pennsylvania Health System da Philadelphia.
A música clássica barroca na sala de leitura pode ajudar a melhorar a vida profissional dos radiologistas, melhorando significativamente a eficiência e a precisão do diagnóstico.
O estudo avaliou humor, concentração, precisão diagnóstica percebida, produtividade e satisfação no trabalho em uma escala de sete pontos.
Os maiores efeitos positivos foram em relação ao humor( 63%) e satisfação no trabalho (50%) dos entrevistados.
Nenhum participante indicou um efeito negativo no humor, percepção da precisão do diagnóstico, produtividade ou satisfação no trabalho.
Dos oito participantes do estudo, apenas um, indicou um efeito negativo da música na concentração.
Reduz a pressão arterial
Uma pesquisa apresentada pela National Library of Medicine da Oxford University apontou o efeito de ouvir música na recuperação cardiovascular e para manter um coração saudável.
Os 75 participantes do projeto realizaram uma tarefa desafiadora de aritmética mental de três minutos e foram indicados aleatoriamente para sentar em silêncio ou ouvir alguns estilos musicais: clássica, Jazz e Pop.
Aqueles que ouviam música clássica tinham níveis de pressão arterial sistólica pós-tarefa(é o maior valor verificado durante a aferição de pressão arterial) significativamente mais baixos (M=2,1 mmHg acima da linha de base pré-estresse) do que aqueles que não ouviam música (M=10,8 mmHg).
Outros estilos musicais não produziram uma recuperação sensivelmente melhor do que o silêncio.
Os especialistas sugerem que ouvir música pode servir para melhorar a recuperação cardiovascular do estresse, embora, fica o alerta, nem todas as seleções musicais sejam eficazes.
Ouvir música relaxante clássica e auto selecionada após a exposição a um estado tenso de estresse deve resultar em reduções significativas na ansiedade, raiva e estimulação do sistema nervoso simpático, e maior relaxamento em relação com aqueles que escolheram outro tipo de música, como o heavy metal, por exemplo.
Ajuda na qualidade do sono
Um estudo divulgado pelo jornal Advanced Nursing, de 19 de janeiro de 2005, revelou que 45 minutos de música relaxante são suficientes para um sono reparador e tranquilo.
A pesquisa revelou que os participantes tiveram durante o sono melhor qualidade, maior eficiência, menor latência, menos perturbação, e menos disfunção diurna (P=0 .04-0.001). O sono melhorou semanalmente, indicando um efeito de dose cumulativa.
Um outro estudo, esse desenvolvido pela Universidade de Tübingen, Alemanha, apontou que ouvir música na hora de dormir traz benefícios também para a memória.
Já músicas de ritmos mais acelerados podem ter efeito oposto: deixar a pessoa ainda mais agitada e prejudicar o sono.
Uma noite mal dormida tem consequências: causa prejuízos na capacidade de atenção, de concentração e de memorização, além de gerar problemas na produtividade profissional.
Aumenta a memória
Quer dar um impulso, um UP no seu cérebro? Escute Mozart. De acordo com um estudo revelado pelo jornal Daily Mail, na edição de 5 de junho de 2015, pessoas que ouviram a música do compositor austríaco mostraram um aumento na atividade das ondas cerebrais e resoluções de problemas.
Foi o que revelou os resultados das pesquisas realizadas na Sapienza Università Di Roma.
A música de Mozart é capaz de ativar circuitos corticais neuronais (circuitos de células nervosas no cérebro) relacionadas às funções de atenção e cognitivas não apenas em pessoas jovens, mas em idosos também.
Os resultados revelados pela revista Consciousness and Cognition mostram um aumento na potência alfa e índice de frequência MF da atividade de fundo em adultos e idosos saudáveis depois de ouvir ‘L’allegro com spirito’ da sonata para dois pianos em ré maior K448 de Mozart, composta em 1781, quando ele tinha 25 anos.
É um padrão que exerce atividades de ondas cerebrais ligada ao quociente inteligente (QI), memória, cognição e(ter uma) mente aberta para soluções de problemas.
Nesses estudos ainda preliminares permitem deduzir que a música de Mozart é capaz de ‘ativar’ os circuitos corticais neuronais relacionados às funções atencionais e cognitivas não apenas em jovens, mas em idosos saudáveis.
A epilepsia atinge aproximadamente 1% da população mundial e, dessas pessoas, 1/3 sofre de epilepsia resistente a medicamentos ou refratária.
Quando ouvem Mozart essas pessoas tiveram picos menos frequentes de atividade elétrica associada à epilepsia. O estudo ainda é preliminar, mas animadora, segundo pesquisadores.
E o mais interessante ainda, 30 segundos de K448 de Mozart são suficientes para ativar redes naturais associadas a respostas emocionais positivas à música.
A música clássica para crianças
Vários estudos constaram que o convívio com a música Clássica potencializa a memória, a criatividade, o raciocínio espaço-temporal e a coordenação motora das crianças.
Ao adquirir este hábito, elas ainda adquirem noções de disciplina, concentração e organização, que serão fundamentais na vida adulta.
Estudos indicam também que este contato já pode começar durante a gravidez. A partir da 20* semana o bebê já tem condições de ouvir e a música pode afetar de forma positiva na circulação, formação celular e desenvolvimento cerebral.
Estudantes universitários e secundários, ao ouvirem música Clássica como essa sonata de Mozart por 10 minutos revelaram melhores habilidades de raciocínio especial do que depois de ouvir instruções de relaxamento destinados a baixar a tensão arterial. O QI destes estudantes também aumentou em oito ou nove pontos e que ficou conhecido, o programa, em Efeito Mozart.