A Rainha de Sabá teria encantado Salomão por causa da sua beleza ímpar

Parte do conteúdo misterioso de Kebra Negast, o livro da Glória dos Reis da Etiópia, escrito provavelmente entre 1314 e 1322, com 117 capítulos, veio à tona nas revelações feitas pelo explorador escocês do século 18, James Bruce, que passou mais de uma década no norte da África e na Etiópia, e escreveu o livro Travels to Discover the Source of the Nile. Em um deles trata da visita da bela Makeda, ou a rainha de Sabá, a Salomão, sua gravidez e de como seu filho cresceu e voltou a Israel para conhecer o pai.

Quando chegou, mostrou ao rei um anel valioso que sua mãe havia recebido de Salomão, com a promessa de entregar ao filho deles no devido tempo.

Os escritos contam que o imperador reconheceu e honrou seu príncipe convidando-o a permanecer em Jerusalém. Revelou ao jovem que ele era muito parecido com o seu avô Davi.

Apesar do convite do pai, declinou e voltou para a sua terra, acompanhado de um grupo de nobres jovens israelitas e de belas cortesãs. Os textos revelam que Menelik e seus novos amigos judeus levaram consigo a Arca da Aliança, que foi finalmente abrigada em uma capela próxima da Igreja de Santa Maria de Sião, em Axum, na Etiópia.

Pela tradição, apenas um guardião sagrado por vez podia ver a Arca. Segundo eles, é “uma caixa de madeira com filetes de ouro, com uma tampa de ouro maciço, onde há dois querubins com as asas abertas”.

É possível sentir o seu enorme poder ao se aproximar dela. Eles também sustentam que a Arca contém as tábuas de pedra originais onde a Lei está inscrita.

Outra evidência são os instrumentos musicais que muitos acreditavam ter ido de Jerusalém para Sabá junto com a Arca. Comparando esses instrumentos com aqueles retratados na famosa Arca do Triunfo do imperador Tito (78-81 d.C.), eles revelam certas semelhanças.

Outros argumentos a favor dos relatos de Kebra Negast: a existência de muitos judeus etíopes antes de sua emigração para Israel em 1980; o uso de rituais da época de Salomão; a presença de igrejas cristãs na Etiópia que remonta ao século 4; que a Arca tenha sido retirada muito antes de 587 a.C., quando Nabucodonosor conquistou Jerusalém e não a encontrou, ou ter sido tão bem escondida que somente os guardiões sabiam de seu paradeiro.

Nabucodonosor, é descrito como um homem poderoso e eficaz tanto quanto Alexandre, o grande. Não aceitava um não como resposta. Ele esmagou o poder egípcio e conquistou tanto Síria como a Fenícia. Estabelecida a paz, ele iniciou um amplo programa de construções. Fez da Babilônia uma cidade dos sonhos, construindo redes de canais, reservatórios, aquedutos para abastecê-la e sua construção mais famosa, retratada em livros e filmes: os Jardins Suspensos da Babilônia, uma das sete maravilhas do mundo antigo. 

Quando morreu, em 561 a.C., tinha mais de 80 anos. Um homem confiante de si mesmo e com imenso poder, faria de tudo para localizar a Arca, algo que aumentaria, ainda mais, o seu prestígio e influência.

Alguns arqueólogos acreditam que a Arca ainda estaria no santuário de Exum, Etiópia. E algumas respostas ainda estão sem respostas: Menelik seria mesmo o filho de Salomão? Algumas imagens das Madonas Negras seriam, na verdade, a rainha de Sabá e seu filho Menelik, e não de Maria e Jesus?

Em 2004 foi feita uma descoberta arqueológica de um barco antigo que remonta aquele período. Encontrado perto de Hof Dor, na costa oriental do Mediterrâneo.

A madeira foi datada por carbono 14 como pertencente à época de Davi e Salomão, fornecendo uma evidência de que os barcos hebreus viajaram muito. Essa descoberta aumentou a probabilidade de uma ligação entre a rainha de Sabá, Salomão e o filho que eles teriam gerado.