A demência frontotemporal (DFT) é uma doença neurodegenerativa que afeta as regiões frontais e temporais do cérebro, resultando em uma progressiva perda de habilidades cognitivas, sociais e comportamentais. A doença é considerada rara e afeta geralmente pessoas com menos de 65 anos de idade.
Recentemente, foi divulgado que o ator americano Bruce Willis estaria sofrendo com a doença. Aos 67 anos de idade, Willis é conhecido por seus papéis em filmes de ação como “Duro de Matar” e “Armageddon”, mas tem se afastado cada vez mais das telas nos últimos anos.
A DFT é caracterizada por uma deterioração gradual das funções executivas, que incluem habilidades como planejamento, tomada de decisões, controle de impulsos, além de afetar a linguagem e a compreensão social. Diferentemente de outras formas de demência, como a doença de Alzheimer, os primeiros sintomas da DFT geralmente se manifestam no comportamento e na personalidade do indivíduo.
Os sintomas da DFT variam de acordo com a área do cérebro afetada, mas podem incluir mudanças no comportamento, como apatia, comportamento socialmente inadequado, perda de empatia e emoções superficiais, além de problemas com a fala e a linguagem. A doença também pode causar movimentos repetitivos, perda de peso e falta de higiene pessoal.
Não há cura para a DFT, e o tratamento se concentra no alívio dos sintomas e no suporte ao paciente e à família. Medicamentos podem ser prescritos para tratar a ansiedade, a depressão e a agressividade, além de terapia ocupacional e de fala. É importante também que os cuidadores recebam apoio emocional e orientação para lidar com os desafios que a doença apresenta.
Embora a DFT seja considerada uma doença rara, sua incidência tem aumentado nos últimos anos. Isso pode ser devido a um melhor entendimento e diagnóstico da doença, bem como a mudanças no estilo de vida e fatores ambientais.
A divulgação do diagnóstico de Bruce Willis tem trazido visibilidade para a doença, ajudando a conscientizar a população sobre a importância de reconhecer os sintomas e buscar ajuda médica. A demência frontotemporal é uma doença complexa que afeta não apenas o indivíduo, mas toda a sua rede de apoio, e é fundamental que haja um esforço contínuo para melhorar o diagnóstico, o tratamento e a qualidade de vida dos pacientes. E como sempre, qualquer diagnóstico só pode ser dado por um profissional da área.
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