– Os militares brasileiros são incorruptíveis!
– Durante a ditadura militar não houve corrupção no Brasil!
– Os militares salvaram o Brasil do comunismo!
Eis algumas bobagens propagadas por canalhas e imbecis.
Canalha, porque sabe que houve corrupção e não foi pouca e que o Brasil jamais correu qualquer risco de uma “revolução comunista” em tempo algum.
Esse, aliás, é o típico discurso para enganar trouxa!
Imbecil, porque não sabe nada, não lê nada, nunca estudou o assunto e baseia seus argumentos em teses fantasiosas e falaciosas.
É a tal dedução burra!
Um exemplo são os militares pendurados no governo atual atrás de uma boquinha apoiando um delinquente bravateiro.
Atravessando a rua. Irresponsáveis e incompetentes.
Em nenhuma outra democracia vamos encontrar militares ocupando cargos políticos. Só no Brasil.
O que é uma indecência. Uma imoralidade.
Basta olhar a atuação do general Pazuello e a corrupção estabelecida no ministério da Saúde. Um desastre em todos os sentidos.
Sujeito sem a mínima capacidade e formação para o cargo.
A ditadura militar alargou nossa desigualdade social e aprofundou nossa pobreza e ignorância, impondo ao país um atraso que se reflete até os dias atuais.
O Brasil é um dos raros países do continente Sul Americano que não puniu os criminosos fardados da ditadura militar.
Está aí um dos graves e imperdoáveis erros da sociedade brasileira que deveria ter cobrado punições severas como fez o Chile, Uruguai e Argentina que não cessaram seus gritos por justiça.
Lugar de agentes públicos que usam a máquina do estado para cometer crimes e assassinatos de civis é a prisão perpétua.
É bom lembrar que nossa polícia militar – nossa não, deles! -, é a que mais mata no mundo.
As Forças Armadas é um ente de Estado e não de um partido ou de um político.
Sempre em defesa do país e das instituições democráticas.
Militar da ativa que dá pitaco em entrevistas ou através de redes sociais sobre decisões do Congresso (Câmara e Senado) ou do Supremo Tribunal Federal (STF), deveria ser preso em flagrante.
Como aconteceu recentemente no Uruguai, quando o comandante do exército criticou uma tomada de decisão do governo em uma entrevista e pegou 30 dias de cadeia.
É assim que funciona numa democracia.
Ela oferece liberdade, mas impõe certos limites. Nem tudo é permitido. Regras precisam ser obedecidas por todos, independente do papel que ocupe. É o ônus de viver em sociedade.
E foi no avanço do estado primitivo para o civilizado que deu a um grupo de pessoas o privilégio de usar farda e portar armas com obrigações que devem ser rigorosamente cumpridas dentro da lei e da ordem.
A essa sociedade civil eles devem respeito e obrigações e não ao contrário.
Eles existem como instituições porque assim a sociedade organizada permitiu.
Está lá, Título V – da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas; Capítulo II – das Forças Armadas: Artigo 142 da Constituição Federal de 1988.
“A função constitucional das Forças Armadas é garantir os poderes Constitucionais e são instituições que devem observar os direitos humanos dessa forma algo que tenha função de garantidor e jamais poderá atentar contra a existência do garantido. Em um país a autoridade suprema é a sua Constituição que toda autoridade faz compromisso de proteger e preservar”.
Quando um militar da ativa ou da reserva aparece pregando golpe de estado e ameaçando outros poderes, participando de passeatas pedindo a volta dos militares ao poder e o AI-5, ele está colocando em risco não apenas a segurança nacional e a ordem pública, mas a democracia.
E mais grave ainda, agredindo as instituições, às Forças Armadas e o pior, a Constituição que ele jurou respeitar e defender acima de tudo.
Esse militar precisa urgentemente ser parado e rigorosamente punido.
E tal medida deve valer para qualquer um independente de quem seja.
Um bom exemplo é os Estados Unidos. Basta ver e ouvir o que falou no final do mandato de Donald Trump, o chefe do Estado Maior, general Mark Milley, o homem que comanda a maior máquina militar do planeta, sobre o papel das Forças Armadas.
“Somos únicos entre os militares. Não fazemos juramento a um rei ou rainha, a um tirano ou a um ditador. Não fazemos juramento a um indivíduo. Não fazemos juramento a um país, a uma tribo ou religião. Fazemos juramento à Constituição. Cada soldado representado neste Museu, cada marinheiro, aviador, fuzileiro naval, guarda costeiro, cada um de nós protegerá e defenderá esse documento, independente do custo pessoal”.
No dia seguinte, depois de participar de uma caminhada com Trump e posar para uma foto em frente a igreja de St. John próxima à Casa Branca, durante os protestos contra o racismo em um dia de extrema violência policial, gravou um vídeo pedindo desculpas ao país.
“Eu não deveria estar lá. Minha presença naquele momento e naquele ambiente criou uma percepção de envolvimento dos militares na política interna”.
Só em uma republiqueta de bananas militar se mete em política, se mete onde jamais deveria estar.