Vivemos um tempo muito complicado quando queremos expressar nossa opinião sinceramente. Então eu vou me expressar, “pisando em ovos!”
No capítulo 20 do livro de Êxodo, versículo 13, está escrito: “Não matarás”. Este versículo nos leva a refletir sobre o que realmente quer falar, ao se referir a “não matar”.
Primeiramente sou absolutamente contra a pena de morte. Também sou absolutamente contra a eutanásia. Estas duas afirmações e opiniões minhas, talvez não encontre muita dificuldade. Talvez…
Também sou contra a venda indiscriminada de armas para quem quiser da população. O que traz de segurança social que muita gente tenha acesso a armas?
Sei que nos Estados Unidos há um forte debate a respeito da disseminação do uso e da posse de armas. Pessoalmente defendo que temos muitas ações para a criação de uma sociedade justa que devemos defender e participar. Agora, defender o porte de armas de uma forma indiscriminada, não me parece uma medida justa e equilibrada.
Recentemente tivemos no Brasil uma discussão muito séria a respeito do aborto. Uma menina de 11 anos foi estuprada possivelmente por um familiar ou da intimidade da família. Ela teve a sua infância roubada por algum criminoso que usou, talvez, da intimidade familiar para violar o corpo ainda quase infantil dela.
O que dizem as leis brasileiras a respeito do aborto? Aceitam o aborto em três situações bem definidas: estupro, má formação congênita do feto ou risco eminente de morte da mãe.
Nestas três situações a lei brasileira estabelece o comportamento das autoridades médicas e judiciais responsáveis. Sou absolutamente contrário a qualquer forma de aborto que esteja além das que as leis brasileiras já garantem.
Deveríamos acreditar que as famílias tivessem maior cuidado com os seus filhos e seus entes queridos ainda crianças e adolescentes. Porém, sabemos que hoje temos um grande número de famílias desestruturadas e sem cuidados específicos com os seus entes, membros ainda indefesos ante a crueldade de muitos que se aproveitam da proximidade e da intimidade para agredir fisicamente e sexualmente os menores de idade (infância e adolescência).
Pessoalmente creio que o aborto deve ter um limite de tempo. Por exemplo: pode ocorrer até as oito primeiras semanas de gestação, dentro dos casos específicos garantidos pelas leis brasileiras e com a plena assistência das autoridades médicas e dos órgãos que cuidam da criança e do adolescente.
No caso da menina, o que nos assusta é que deixaram passar muitas semanas e que o feto já deveria estar bem desenvolvido. O aborto legal deveria ter sido feito bem antes do momento atual. Se cremos que desde a fecundação o que temos já é um ser humano, fica muito trágico o aborto após este tempo.
A criança agredida e violentada, ainda carrega um grande peso emocional. Como ficará esta menina daqui alguns anos?
A solução estaria em famílias bem estruturadas. E aí não tem nada a ver com a situação econômica-social da família. Família de qualquer classe social pode ser atingida por um drama de gravidez indesejada e ainda por cima vindo de um estupro de vulnerável.
Como agir numa situação desta? Sem radicalismo e sem pré-julgamentos. Cuidar primeiramente de analisar a vida familiar da criança/adolescente vítima; analisar a situação perante as leis brasileiras e americanas; procurar os órgãos competentes que cuidam da criança e do adolescente; acompanhar a família envolvida; lutar para que os agressores, estupradores e criminosos sejam condenados pelas autoridades responsáveis.
Nenhuma das ações que proponho resolverá a questão crucial: uma menina ou um menino foi agredido e violentado.
Como falar de esperança numa situação desta? Ter a plena certeza que nosso compromisso cristão é sofrer com os que sofrem; é ter sensibilidade para não ser radical em situações como estas. Pedir orientação ao SENHOR para que DELE venha algo que nos ilumine a caminhar com segurança e com maturidade em casos como estes, que, infelizmente, ainda poderão a vir novamente a acontecer.
Este caso que analisamos, é mais um entre tantos problemas sociais, éticos e morais, que devemos enfrentar com maturidade e equilíbrio.
Foto da capa: Jehozadak Pereira/A Notícia USA
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