Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito presidente da República neste domingo (30) após derrotar, no segundo turno, Jair Bolsonaro (PL).
Às 17h56 deste domingo (30), com 98,91% dos votos apurados, Lula foi considerado eleito, tendo recebido 59.563.912 votos (50,83%), contra 57.675.427 (49,17%) de Bolsonaro.
Para o analista de risco político e estrategista eleitoral Markio Olimpio, desde o início, o presidente precisaria tomar medidas que estabilizassem politicamente o país, até mesmo para viabilizar aprovações de grandes projetos de importância social, e abordar as questões económicas nas contas públicas, abrangendo as áreas fiscais.
Além disso, deve ser definida uma política de relacionamento com as demais economias do mundo. “Uma entidade como o Brasil precisa definir sua estratégia de se posicionar diante da disputa entre potências que se desenrola hoje em todo o globo. Esta é uma era de oportunidades para países como o Brasil, que precisa aproveitar. essencial ter uma compreensão dos interesses dos países e estados, para determinar o que é prioritário, para tomar decisões corretas sobre as relações com os diferentes estados, incluindo potências que vivem altas tensões internacionais”, avaliou.
Para enfrentar alguns dos desafios que o Brasil enfrentará nos próximos anos, principalmente em matéria fiscal, Cesar Lima, especialista em Orçamento Público, acredita que uma das saídas é a criação de medidas para auxiliar o monitoramento das Contas Públicas. Além disso, ela disse que Lula deve trabalhar na atualização do sistema de arrecadação tributária do país, aprovando a Reforma Fiscal. “Nosso sistema é complicado, promove a evasão e é injusto, pois é um sistema regressivo.
O efeito dos impostos é maior sobre as pessoas com renda mais baixa.
Acho que uma reforma tributária está no radar. É claro que não temos mais muita esperança de que seja uma reforma muito abrangente, mas sempre que for apropriado, haverá algum tipo de ação”, observou ela.
Luiz Inácio Lula da Silva nasceu no município de Garanhuns, interior de Pernambuco, em 27 de outubro de 1945. Era o sétimo de oito filhos de um casal de agricultores analfabetos.
Em dezembro de 1952, quando Lula tinha 7 anos, a família mudou-se para Guarujá, cidade litorânea de São Paulo. Quatro anos depois, a família mudou-se para São Paulo, capital do estado. Aos 14 anos, Lula começou a trabalhar para os Armazéns Gerais da Colômbia, onde teve sua carteira assinada pela primeira vez.
Depois de passar por algumas fábricas, foi contratado por uma das principais metalúrgicas do país, localizada em São Bernardo do Campo, ABC Paulista.
Em 1975, Lula foi eleito presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema, representando cerca de cem mil trabalhadores. Como dirigente sindical, liderou greves de trabalhadores e, cinco anos depois, ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores (PT). Em 1986, após a democratização, o PT foi eleito pelos parlamentares federais, com o maior número de votos do país, para uma Assembleia Constituinte. Em 1989, nas primeiras eleições diretas em 29 anos, Lula foi candidato pela primeira vez à presidência da república.
Ele perdeu no segundo turno para Fernando Collor de Mello, que foi posteriormente cassado.
O PT também foi derrotado em duas eleições subsequentes, em 1994 e 1998, por Fernando Henrique Cardoso, do PSDB.
Na quarta disputa pelo Palácio do Planalto, em 2002, Lula foi eleito Presidente da República, aos 57 anos. O PT derrotou José Serra, no segundo turno, com mais de 61% dos votos. Lula foi reeleito como presidente em 2006. Desta vez, venceu Geraldo Alckmin, também do PSDB, que hoje é seu aliado e vice-presidente.
Durante sua campanha eleitoral, Lula listou uma série de propostas que abrangem as mais diversas áreas, da economia à cultura. Ao concorrer à presidência, o PT prometeu levantar os tetos de gastos e reformular o esquema tributário que está em vigor no Brasil, combatendo a inflação, principalmente para alimentos e combustíveis. Outra prioridade prometida por Lula foi a aprovação de uma reforma fiscal.
Em fevereiro de 2004, o então conselheiro presidencial de Assuntos Parlamentares, Waldomiro Diniz, foi protagonista dos primeiros escândalos do governo Lula. Diniz chegou a ser afastado de seu cargo após a publicação de um vídeo que o mostrava aparentemente acusado de corrupção.
Em 2005, foi revelado um dos maiores esquemas de compra de votos organizados pelo governo petista. Os parlamentares eram pagos com recursos do Estado, desviados com a ajuda do ex-tesoureiro do partido, Delubio Soares, e de uma empresa de fachada operada por Marcos Valério.
Segundo o STF, José Dirceu era o responsável por esse esquema. Em 2006, Antonio Palocci renunciou ao cargo de ministro da Fazenda, acusado de liderar um esquema corrupto enquanto era prefeito de Ribeirão Preto.
A informação era de que ele teria cobrado valores de até R$ 50 mil por mês de empresas prestadoras de serviços da prefeitura aos cofres do PT.
Lula foi preso em 7 de abril de 2018. A decisão veio após o ministro Sergio Moro expedir mandado de prisão contra P.T. para caixa triplex Guarujá.
A condenação foi confirmada, sendo a condenação revogada, pela Oitava Turma da Quarta Regional do Tribunal Federal, localizada em Porto Alegre.
A prisão de Lula ocorreu como parte da operação Lava Jato, uma investigação de um dos maiores escândalos de corrupção do Brasil.
O objetivo original era desmantelar essa operação e o plano que supostamente drenava recursos da Petrobras. Cerca de R$ 2,9 bilhões foram recuperados. De acordo com os denunciantes, algumas das propinas foram destinadas a beneficiar o PT.
Apesar disso, o processo contra Lula foi arquivado em 2021 pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A anulação foi baseada em dois entendimentos do STF. Um enfatizou que Sergio Moro foi tendencioso, comprometendo o direito de defesa do PT. O outro ponto é que o caso foi tratado fora da jurisdição adequada.
O presidente da república é considerado o poder máximo do Estado, responsável pela condução das políticas internas e externas, bem como pela promoção e orientação da legislação de interesse nacional e pela fiscalização da administração estatal.
Recursos Citados
- https://brasil61.com/
- https://www.cnn.com/2022/10/31/americas/brazil-election-result-explainer-intl-latam
- https://www.wsws.org/en/articles/2022/10/26/emtw-o26.html
- https://www.aljazeera.com/news/2022/10/30/brazil-election-lula-da-silva-narrowly-defeats-jair-bolsonaro
- https://www.theguardian.com/world/ng-interactive/2022/oct/30/brazil-election-2022-live-results-lula-bolsonaro-runoff
- https://www.washingtonpost.com/world/2022/10/31/bolsonaro-lula-brazil-election/
- https://acleddata.com/2022/10/17/political-violence-during-the-brazil-general-elections-2022/
- https://www.cfr.org/in-brief/bolsonaro-vs-lula-whats-stake-brazils-2022-election
- https://www.cnbc.com/2022/10/30/polls-close-in-brazils-polarizing-bolsonaro-lula-contest.html
- https://time.com/6220431/lula-brazils-tight-election-afterwards/
- https://www.voanews.com/a/election-disinformation-in-brazil-concerns-analysts-media-/6805073.html
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