A reflexão desta semana é a respeito de “felicidade e alegria”, de como lidamos com estas questões no dia a dia, como entendemos e classificamos estas peças importantes de nossa existência.
Muitos dizem que felicidade são momentos, outros que é algo que se constrói, quando na verdade felicidade é uma relação que existe dentro de cada pessoa, é ter a consciência de estar vivo, de ter satisfação, de poder viver, independente das coisas boas ou ruins que estão acontecendo. Aproveitando e agradecendo por existir e ser quem é.
Felicidade não é algo que se compra ou se consegue, é algo que se tem, faz parte da existência do Ser da criação, ela está no amor, no equilíbrio, está nas coisas simples, como almoçar com a família, fazer uma oração, ouvir alguém que precise de ajuda, olhar para a natureza, enfim viver a existência e valorizar o que é real.
De maneira ecumênica, é possível afirmar que Deus criou o homem para ser feliz e nos ensina que a felicidade está ligada ao relacionamento D’Ele com a humanidade. Portanto, não se fica feliz, se é feliz. A felicidade, está diretamente ligada ao nosso estado de espírito, a nossa auto-aceitação e auto-estima. Interessante é que muitos buscam a felicidade, no externo, no outro, buscam algo que está contido em si, está tão perto, mas, é tão difícil encontrar. Neste momento surge a questão “por que é tão difícil ser feliz”?
O ser humano muitas vezes não busca a felicidade e sim um estado de satisfação externa, um sentimento de contentamento ou de prazer excessivo, advindos de resultados dos próprios feitos, uma recompensa.
Em sendo assim, está busca de condição, de uma circunstância ou de uma situação, torna-se na verdade, a busca da alegria, isto é, a condição de satisfação momentânea, que pode ser expressada por sorrisos, ou verbalmente agradecida no momento de vitória, do prazer, da conquista da realização. Este é o grande risco, nem sempre o resultado é positivo, planos podem serem interrompidos, a possibilidade do não é uma realidade enfim quando as coisas não saem exatamente como planejado, neste momento não se apresenta o prazer, o gozo de sentir-se feliz. Mas isto não significa, que a felicidade não exista mais.
Gostaria de chamar atenção, dos meus caros leitores para um detalhe muito importante: “a felicidade não é destruída por um não, um talvez ou um mais tarde. Ela é inabalável. Contudo as pessoas tendem a cair em suas próprias armadilhas, acabam frustrando-se, desanimando, desistindo muito fácil de si mesmo. Como crianças mimadas, fazem birra, não aceitam o que está acontecendo, pois se está acontecendo, algo que não é de sua vontade ou ainda está demorando muito para acontecer. Muitas vezes não percebem o que estão fazendo, contra si mesmo, gerando um desequilíbrio emocional, um desajuste que vai perpassando por todas as áreas de sua vida e sofrendo um agravo, é preciso analisar, buscar ajuda, enfim sair deste processo que acaba sendo doloroso e começar a perceber que está vivendo o antônimo daquilo que sua natureza traz, a tristeza.
Em suma, será que para valorizar o que se tem é necessário buscar o que lhe falta, nesta reflexão venho sugerir uma metodologia bem mais fácil e prazeirosa. Basta prestar a atenção na lição que nos foi dada, na seriedade ao citar que fomos criados para sermos felizes. Podemos até afirmar que ser feliz é um mandamento, diria um mandamento de gratidão, afinal a felicidade nos é dada, portanto o que nos cabe é ser feliz, em todo momento. Usufruir deste mérito que fomos agraciados, privilegiados com a marca da felicidade. Podemos ser felizes mesmo no meio do sofrimento. Sabemos que os nossos sofrimentos são passageiros e que no fim teremos vitória. Deus recompensa quem se mantém firme até o fim. Nossa felicidade está em Deus, não nas circunstâncias da vida.
Não espere tornar-se uma pessoa triste, amargurada, achando que não pode ser feliz, quando na verdade não se trata de poder e sim de querer ser feliz. Felicidade não é destino e sim um caminho, que cada um deve buscar o seu. Ser feliz é uma questão de escolha.